(Autora: Robéria Silva Santos, 2º ano, E.E.E.F.M Euclides Mouzinho dos Santos)
Sou uma adolescente de 17 anos,
estudante do 2º ano do ensino médio num pequeno município paraibano. Através dos meus conhecimentos, posso
formar e defender à minha opinião, e uma delas é acerca da redução da maioridade penal no
Brasil, tema o qual sou totalmente contra.
Coloco-me no lugar de outros
adolescentes que, por motivos tais como, familiar, financeiro, social, entre
outros, caem no mundo do crime, tentando obter uma vida melhor. Creio que na maioria
das vezes o pensamento deles seria desfrutar de mais oportunidades na sociedade, com respeito e reconhecimento pessoal.
Talvez, se eles tivessem uma boa
educação, morassem em locais seguros, longe do crime e da violência, isso sim
poderia lhes dá oportunidades mais dignas de acesso ao trabalho. Mas, o que o nosso “governo” quer é punir esses adolescentes
por erros cometidos por esses mesmos que se dizem nossos representantes. Um desses erros, por exemplo, foi investir mais em
presídios ao invés de escolas, saúde, empregos e segurança. Isso gerou muita
revolta. No nosso país existe mais cadeias do que institutos de educação. Então eu
pergunto: um país que possui mais presídios que escolas, terá outro resultado
diferente a não ser o aumento da criminalidade com participação de
adolescentes? Talvez se os mesmos estivessem nos institutos de educação
praticando o que gostam e não nas ruas, isso não iria ocorrer.
Eu sou estudante do ensino médio. Minhas aulas iniciam no
colégio a partir das 13:00h da tarde e finaliza às 17:30h, possa o período
de cinco horas e meia assistindo aulas teóricas. Não tem nada prazeroso naquele
lugar. Minha escola não dispõe de um ginásio esportivo e nem de um simples data show para diversificar as aulas. O único motivo que me faz ir ao colégio todos os dias é a influência da
minha família, que explicar que devo estudar para ter um futuro melhor. Mas
muitos desses adolescentes não têm o mesmo apoio que eu tenho. Não têm pai ou
mãe, até mesmo um parente que lhe aconselhe a estudar. Portanto, eles pensam;
para que continuar aqui nessa escola fazendo o que eu não gosto? Enfim, eu penso que o governo
deveria realizar projetos para reestruturar as famílias e não destruí-las.