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Remígio-PB, Paraíba, Brazil
Mestre em Letras pela UEPB e professor de Língua Portuguesa do ensino médio em escola de tempo INTEGRAL. Meu interesse com esse espaço é poder divulgar e compartilhar com todas e todos minhas atividades escolares e questões objetivas de português para estudos voltados para concursos públicos e o ENEM.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE RESUMO



COMO LIDAR COM A VIOLÊNCIA NA ESCOLA?


A violência tem se agravado e assumido diversas formas de expressão nas escolas. Nos dias de hoje, deparamo-nos com facetas mais evidentes e outras mais sutis. Mas como lidar e combater esse problema?
Sabemos que o aprendizado dos alunos não é a única preocupação das famílias e professores. Infelizmente, um outro fator está cena: a violência na escola.
E essa violência não consiste apenas nos episódios com armas, agressões físicas e casos de abuso que vemos nos noticiários. E também não se confunde com as ocasionais brigas entre alunos e o empurra-empurra na cantina. Existem também casos de violência simbólica que ocorrem o tempo todo: podemos citar o bullying como um exemplo disso.
É claro que essa prática já existe há um bom tempo, mas só agora está recebendo um olhar mais atento por parte de profissionais e pesquisadores. Em pesquisa recente do IBGE, em 2015, foi mensurado que 7,4% dos alunos sofrem algum tipo de zombaria/bullying e se sentem humilhados com isso, enquanto 19,8% já expuseram algum colega a uma situação vexatória.
Isso sem contar os episódios de racismo, as piadinhas por questões de gênero ou religião, além de pequenas agressões físicas que, vez por outra, acabam passando despercebidas, assim como o isolamento social, a intimidação e até pequenos furtos. Por esse motivo, detectar e combater a violência vem se tornando um grande desafio para profissionais da área da educação. Afinal, o que fazer quando ela acontece?
É claro que não existe uma fórmula capaz de acabar com essa prática automaticamente. Porém, há algumas medidas que podemos tomar como prevenção. Convidamos você a conhecer e a refletir um pouquinho sobre algumas delas.

Mantenha um diálogo aberto com os alunos

De um modo geral, a violência miúda que acontece nas escolas é bastante discreta, mas pode vir a ser nociva o suficiente para gerar sofrimento e aprisionar as vítimas no silêncio.
A escola precisa ser reconhecida pelos alunos e seus familiares como um ambiente social seguro, por isso, mantenha canais de comunicação sempre abertos com os alunos e suas famílias. Esse hábito ajuda na construção de um vínculo de confiança entre vocês. Afinal, quando o aluno e a família se sentem seguros e acolhidos no ambiente escolar, ao sinal de qualquer problema eles se sentirão mais confortáveis para buscar ajuda.


Alie-se às famílias

Você já ouviu dizer que “prevenir é melhor que remediar”? Ditados populares costumam dar pistas de sabedoria e, nesse caso, a prevenção vale ouro. Assim, se encontrar indícios de que um aluno vem sofrendo qualquer tipo de violência, comunique a família imediatamente, pois violências miúdas podem dar margens a expressões mais graves.
Professores e funcionários das escolas precisam se manter atentos a ocorrências de brincadeiras ou piadas carregadas de preconceito entre os alunos. Geralmente o agressor investe contra algum colega — possivelmente, contra um mais tímido ou reservado.
Observar se as crianças apresentam alguma marca estranha no corpo também é fundamental para identificar a ocorrência de violência física.
O acompanhamento permanente e a cooperação entre família e escola representam aspectos essenciais para prevenir comportamentos indesejáveis e extinguir situações de violência na escola.

Estabeleça normas e divulgue-as

Outra maneira de lidar com a violência na escola pela perspectiva da prevenção está em estabelecer normas de convivência que incentivem o respeito entre as pessoas. É importante assumir uma postura de diálogo e falar a língua dos estudantes. Eles precisam se sentir ouvidos, compreendidos e participantes do processo. Mas toda a escola precisa ser mobilizada, por isso as normas devem estar claras e ao alcance de todos.
A divulgação em mídia digital ou impressa deve garantir que alunos, familiares, professores e funcionários da escola conheçam e pratiquem-nas. Com esse cuidado, a comunidade escolar estará mais atenta e preparada diante de um comportamento considerado inadequado ou desrespeitoso.
Ao existir um conjunto de regras que indicam como se comportar diante dos colegas, professores e equipe escolar, subentende-se que o não cumprimento dessas normas gera algum tipo de consequência.

Busque a conscientização

Se você perceber que episódios de violência têm ocorrido em sua escola, talvez seja o caso de convidar um profissional especializado para auxiliar na tarefa de identificar as motivações, discutir as ações e atuar em busca de soluções.
Quando a escola favorece o diálogo em torno desse tema, ela ajuda a desenvolver o senso crítico em seus alunos e ganha força no sentido de valorizar o respeito, a solidariedade e a convivência entre seres humanos que chegam à escola com origens, histórias, bagagens e limitações muito diferentes.
Abordagens coletivas, como mostrar filmes e promover debates entre os alunos, são estratégias importantes para sensibilizar os alunos e encorajá-los a enfrentar o problema. Palestras sobre o assunto também contribuem nessa direção. A tomada de consciência coletiva é um passo importante no caminho da prevenção.

CONCLUSÃO

Enfim, antes de mais nada, é necessário entender e reconhecer o problema, para, só depois, estarmos preparados para buscar meios de combatê-lo.
Muitas crianças acabam passando muito mais tempo na escola, na presença dos educadores, do que em casa, na companhia da família. E cabe às escolas, entre outras competências, zelar pela integridade moral e física dos seus alunos.
Uma maneira de conseguir garantir a educação e a integridade dos estudantes é a aproximação com eles, conhecer verdadeiramente seus alunos, saber dos seus anseios e aflições, além de proporcionar ambiente acolhedor e humano para que eles possam se sentir seguros.
Todos esses cuidados favorecem a integração e a coesão de uma comunidade escolar e vai possibilitar que ela esteja segura para identificar os casos e fazer alguma interferência assertiva quando for necessário.


REFERÊNCIA:

Disponívvel em: https://escoladainteligencia.com.br/como-lidar-com-a-violencia-na-escola/


PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE RESUMO

    Faça um resumo deste texto. Lembre-se que o resumo é uma paráfrase do texto original, isto é, nos reconta a ideia principal de algum texto, livro ou fato real de forma sucinta e objetiva, sem se prender a detalhes, mas sim naquilo que é fundamental sobre o objeto que se está resumindo. Resumo não é recorte de trechos dos textos que você achar mais “bonito”, e sim contar aquilo que você entendeu com suas próprias palavras. O resumo é bastante cobrado em atividades escolares, acadêmicas e pode também ser cobrado no vestibular. A pessoa que faz o resumo não pode atribuir nenhuma opinião sobre o assunto, pois senão deixar de ser resumo e passa a ser resenha crítica.

a)         Referência bibliográfica: é a fonte de onde pertence o texto. No resumo não tem título, então a fonte suprime esta falta. A referência bibliográfica deve indicar o nome do autor do texto, livro, música, etc; a edição, cidade onde foi publicada e o ano. Se objeto que foi resumido foi retirado da internet, o aluno deve colocar o site como referência bibliográfica Ex: (www.saiarodada.com.br). Qualquer dúvida peça ajuda a um professor de português.

b)        O resumo não tem parágrafo. Inicie o texto falando logo sobre os principais fatos daquela obra tudo de uma vez nas primeiras linhas, depois você retoma cada assunto com um pouco mais de explicação.

c)         Após terminar o resumo deve-se colocar três ou quatro palavras ou expressões-chave sobre o assunto que foi resumido. Essas palavras não podem ser quaisquer uma, e sim palavras que estejam ligadas diretamente com o assunto principal do objeto resumido.

ATIVIDADE SOBRE LINGUAGEM E TIPOS DE LINGUAGENS


1.    Indique que tipo de linguagem (VERBAL - VISUAL ou MISTA) há em cada um dos textos abaixo:

a)   

b)






c)








 e)


















f)    “Silêncio, por favor!!!”

g)      Irritado com seus alunos, o professor lançou um desafio:
- Aquele que se julgar burro, faça o favor de ficar de pé. Todo mundo continuou sentado. Alguns minutos depois, Joãozinho se levantou e ficou em pé parado.
 -Quer dizer que você se julga burro? Perguntou o professor,indignado.
- Bem, para dizer a verdade, não! Mas fiquei com pena de ver o senhor aí, em pé, sozinho aí levantei também.


2.    Responda as seguintes perguntas:

      a)    O que é linguagem?

      b)    O que é um linguagem verbal, um linguagem visual e um linguagem mista?

      c)    Dê exemplos de cada um dos tipos de linguagem.

3.    Observe a imagem abaixo e responda as questões:


a)    Que gênero textual é esse?

b)    Qual a sua função social?

c)    Onde podemos encontrar esse tipo de gênero?

d)    O que indica a expressão facial da personagem Chiquinha?

e)    Que tipo de linguagem temos neste texto? Por quê?

4.       Diga o significado de cada imagem abaixo:

a)

b)


 c)









l)

 m)

















5.    (ENEM 2013)

Através da linguagem não verbal, o artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego aborda a triste realidade do trabalho infantil. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para

a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais.
b) estabelecer uma postura proativa da sociedade.
c) provocar a reflexão sobre essa realidade.
d) propor alternativas para solucionar esse problema.
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo.

6.    (ENEM 2013)
               
A linguagem não verbal pode produzir efeitos interessantes, dispensando assim o uso da palavra. Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a

a) opressão das minorias sociais.
b) carência de recursos tecnológicos.
c) falta de liberdade de expressão.
d) defesa da qualificação profissional.
e) reação ao controle do pensamento coletivo.

GABARITO

1. 
a) L. visual
b) L. Visual
c) L. mista
d) L.mista
e) L.visual
f) L. verbal
g) L.verbal 

2. 
a) Linguagem é tudo aquilo que usamos para nos comunicar com o outro ou com o mundo e que transmita sentido. 
b) Linguagem verbal é aquela formada por palavras oral ou escrita; Linguagem visual é aquela formada apenas por imagens, gestos, expressões corporais, sinais, símbolos, etc; Linguagem mista é a mistura da linguagem verbal com a visual.
c) Linguagem verbal = carta, depoimento, bilhete, faturas;
Linguagem visual = placas de trânsito, emojis, cores;
Linguagem mista = quadrinhos, charges, tiras, anúncios;

3. a) Trata-se de um meme.
b) Sua função social é provocar o riso ou uma reflexão sobre algum assunto atual.
c) São encontrados na internet e redes sociais.
d) Indica uma expressão de alguém que se sentiu enganado, usado, cara de bobo.
e) Linguagem mista, pois há imagem e texto. 

4. a) Expulso
b) proibido roubar peixe
c) área escolar
d) proibido uso de celular
e) espantado
f) proibido parar e estacionar
g) legal/beleza
h) silêncio no hospital
i) Liga para mim
j) Cuidado: animais na pista
k) com sono
l) dúvida
m) proibido entrar usando capacete
n) proibido ultrapassagem
o) prioridade para idosos

5. c
6. e



sábado, 13 de abril de 2019

SIMULADO 2019 PARA O 3º ANO DO ENSINO MÉDIO


Leia o TEXTO 1 a seguir para responder as questões de 1 a 5:


[...] Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem.
Prontas, João Romão mandou levantar na frente, nas vinte braças que separavam a venda do sobrado do Miranda, um grosso muro de dez palmos de altura, coroado de cacos de vidro e fundos de garrafa, e com um grande portão no centro, onde se dependurou uma lanterna de vidraças vermelhas, por cima de uma tabuleta amarela, em que se lia o seguinte, escrito a tinta encarnada e sem ortografia: “Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e tinas para lavadeiras”.
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar.
Graças à abundância da água que lá havia, como em nenhuma outra parte, e graças ao muito espaço de que se dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar; acudiram lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los.
E aquilo se foi constituindo numa grande lavandaria, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco. [...]

(Disponível em: https://www.livros-digitais.com)

1.    É CORRETO afirmar que o texto 1 acima tem a finalidade de:

a)    Estabelecer uma crítica avaliativa sobre um comércio local.
b)    Descrever um ambiente de moradia para inúmeras pessoas simples.
c)    Apresentar o preço de imóveis para aluguel.
d)    Narrar o dia a dia de mulheres lavandeiras.

2.    A partir de seus conhecimentos de mundo e  estudantil, o texto 1 é um trecho de uma obra literária intitulada:

a)    Dom Casmurro, de Machado de Assis.
b)    O mulato, de Aloisio Azevedo.
c)    O Cortiço, de Aloisio Azevedo.
d)    Bom Crioulo, de Adolfo Caminha.

3.    Segundo o texto 1,

E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.

A quem ou ao que o narrador está se referindo nesse trecho acima:

a)    A um formigueiro.
b)    A uma invasão de abelhas.
c)    A uma corja de vagabundos.
d)    às pessoas moradoras daquele ambiente.   
4.    No trecho:

E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.

Pelo contexto, a palavra em destaque nesse trecho SIGNIFICA:

a)    Varal
b)    Parede
c)    Pedra
d)    Uma espécie de ave

5.    O texto 1 faz parte de uma corrente literária chamada Realismo-Naturalismo. Porém esse romance é mais específico do Naturalismo. Dentre as características abaixo, assinale a que mais identifica os romances Realistas/Naturalistas:

a)    Exaltação do amor
b)    O homem como produto do meio em que vive
c)    Idealização da mulher
d)    A morte como fuga do sofrimento

Observe o TEXTO 2 abaixo para responder as questões 6 e 7:


6.    O que causa o humor do texto é:

a)    O fato do motorista não saber usar a marcha ré.
b)    O rapaz seguir ao “pé da letra” o pedido do motorista.
c)    O motorista não ter entendido o gesto com a mão que o rapaz fez.
d)    O fato de o acidente ter ocorrido ás 10:45.

7.    Levando-se em consideração os elementos da comunicação no texto 2, a única alternativa CORRETA é:

a)    O gesto que o rapaz faz com a mão no 1º quadrinho é um código, significando que ele aceitou ajudar o motorista.
b)    No 1º quadrinho, o motorista exerce o papel de receptor e o rapaz de emissor.
c)    O canal usado na comunicação entre eles é a gesticulação.
d)    O referente dessa tirinha como um todo é a hora da batida “10:45”. 

8.    Leia o trecho da música de Racionais Mc’s:

Fé em Deus que ele é justo
Ei, irmão, nunca se esqueça, na guarda, guerreiro
Levanta a cabeça, truta,
onde estiver seja lá como for
Tenha fé porque até no lixão nasce flor  [...]

(Disponível em: https://www.letras.mus.br)

A função da linguagem predominante no trecho de música acima é a:

a)    Emotiva, porque o sujeito fala sobre si.
b)    Fática, pois o sujeito está num diálogo.
c)    Metalinguística, já que há uma explicação.
d)    Apelativa, porque o sujeito tenta interferir na vontade do outro.

Leia o texto para as questões 9 e 10.

CATAR FEIJÃO

Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.

(João Cabral de Melo Neto)

9.    A comparação escolhida por João Cabral de Melo Neto para caracterizar o ato de escrever explica que:

a)    Escrever é um ato fácil e rápido.
b)    Escrever é uma capacidade para poucos.
c)    Escrever exige técnica, cuidado, tempo e escolha.
d)    Escrever é uma arte que já vem pronta em todo sujeito.

10. A função da linguagem predominante nesse poema é a:

a)    Metalinguística
b)    Poética
c)    Referencial
d)    Expressiva

 GABARITO

1. B
2. C
3. D
4. A
5. B
6. B
7. A
8. D
9. C
10. A  
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